Há pessoas estrelas. Há pessoas cometas. Os cometas passam. Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam. As estrelas permanecem. Os cometas desaparecem.
Há muita gente cometa. Passam pela vida da gente apenas por instantes, gente que não prende ninguém e a ninguém se prende. Gente sem amigos. Gente que passa pela vida sem iluminar, sem aquecer, sem marcar presença. Há muita gente cometa. Assim são muitos e muitos artistas. Brilham apenas por instantes nos palcos da vida. E com a mesma rapidez com que aparecem, também desaparecem... Assim são muitos reis e rainhas de todos os tipos. Reis das nações, rainhas de clubes ou concurso de beleza. Assim rapazes e moças que se enamoram e se deixam com a maior facilidade. Assim são pessoas que vivem numa mesma família e que passam pelo outro sem serem presença.
Importante é ser estrela. Estar presente. Marcar presença. Estar junto. Ser luz. Ser calor. Ser vida. Amigo é estrela. Podem passar os anos, podem surgir distâncias, mas a marca fica no coração. Coração que não quer enamorar-se de cometas que apenas atraem olhares passageiros. E muitos são cometas por um momento. Passam, a gente bate palma e desaparecem. Ser cometa é não ser amigo. É ser companheiro por instantes. É explorar sentimentos. É ser aproveitador das pessoas e das situações. É fazer acreditar e desacreditar ao mesmo tempo. A solidão de muitas pessoas é consequência de que não podem contar com ninguém. A solidão é resultado de uma vida cometa. Ninguém fica. Todos passam. E a gente também passa pelos outros.
Há necessidade de criar um mundo de estrelas. Todos os dias poder vê-las e senti-las. Todos os dias poder contar com elas. Todos os dias ver sua luz e calor. Assim são os amigos. Estrelas na vida da gente. Pode-se contar com eles. Eles são uma presença. São aragem nos momentos de tensão. São luz nos momentos escuros. São pão nos momentos de fraqueza. São segurança nos momentos de desânimo.
Olhando os cometas é bom não sentir-se como eles. Olhando os cometas é bom sentir-se estrela. Marcar presença. Ter vivido e construído uma história pessoal. Ter sido luz para muitos amigos. Ter sido calor para muitos corações. Ser estrela neste mundo passageiro, neste mundo cheio de pessoas cometas é um desafio, mas, acima de tudo, uma recompensa.
É nascer e ter vivido e não apenas existido
04/01/2009
03/01/2009
Alfabeto do Amigo
Amigo é aquele que
Beija você com
Carinho e que
Deseja com
Entusiasmo sua
Felicidade, e
Garante fidelidade para você.
Humilde é o amigo que
Independentemente de qualquer coisa
Joga tudo para o alto por você e
Larga mão de tudo que seja
Material e desnecessário,
Naturalmente para cumprir sua
Obrigação que é
Proteger a quem lhe protege, e
Querer bem a quem lhe quer bem.
Respeitar seu
Silêncio calado,
Transformando sua vida em uma
Unica motivação para
Viver.
Xeretando se preciso e
Zangando-se quando necessário.
Beija você com
Carinho e que
Deseja com
Entusiasmo sua
Felicidade, e
Garante fidelidade para você.
Humilde é o amigo que
Independentemente de qualquer coisa
Joga tudo para o alto por você e
Larga mão de tudo que seja
Material e desnecessário,
Naturalmente para cumprir sua
Obrigação que é
Proteger a quem lhe protege, e
Querer bem a quem lhe quer bem.
Respeitar seu
Silêncio calado,
Transformando sua vida em uma
Unica motivação para
Viver.
Xeretando se preciso e
Zangando-se quando necessário.
02/01/2009
A LEI DE ZECA PAGODINHO
Nailor Marques *
Diz uma história que numa cidade apareceu um circo, e que entre seus artistas havia um palhaço com o poder de divertir, sem medida, todas as pessoas da platéia e o riso era tão bom, tão profundo e natural que se tornou terapêutico. Todos os que padeciam de tristezas agudas ou crônicas eram indicados pelo médico do lugar para que assistissem ao tal artista que possuía o dom de eliminar angústias.
Um dia porém um morador desconhecido, tomado de profunda depressão, procurou o doutor. O médico então, sem relutar, indicou o circo como o lugar de cura de todos os males daquela natureza, de abrandamento de todas as dores da alma, de iluminação de todos os cantos escuros do nosso jeito perdido de ser. O homem nada disse, levantou-se, caminhou em direção à porta e quando já estava saindo, virou-se, olhou o médico nos olhos e sentenciou: "não posso procurar o circo... aí está o meu problema: eu sou o palhaço".
Como professor vejo que, às vezes, sou esse palhaço, alguém que trabalhou para construir os outros e não vê resultado muito claro daquilo que faz.
Tenho a impressão que ensino no vazio (e sei que não estou só nesse sentimento) porque depois de formados meus ex-alunos parecem que se acostumam rapidamente com aquele mundo de iniqüidades que combatíamos juntos. Parece que quando meus meninos(as) caem no mercado de trabalho a única coisa que importa é quanto cada um vai lucrar, não importando quem vai pagar essa conta e nem se alguém vai ser lesado nesse processo.
Aprenderam rindo, mas não querem passar o riso à frente e nem se comovem com o choro alheio.
Digo isso, até em tom de desabafo, porque vejo que cada dia mais meus alunos se gabam de desonestidades. Os que passam os outros para trás são heróis e os que protestam são otários, idiotas ou excluídos, é uma total inversão dos valores. Vejo que alguns professores partilham das mesmas idéias e as defendem em sala de aula e na sala de professores e se vangloriam disso. Essa idéia vem me assustando cada vez mais, desde que repreendi, numa conversa com alunos, o comportamento do cantor Zeca Pagodinho, no episódio da guerra das cervejas e quase todos disseram que o cantor estava certo, tontos foram os que confiaram nele.
"O importante professor é que o cara embolsou milhões", disse-me um; outro: "daqui a pouco ninguém lembra mais, no Brasil é assim, e ele vai continuar sendo o Zeca, só que um pouco mais rico", todos se entreolharam e riram, só eu, bobo que sou, fiquei sem graça.
O pior é quando a gente se dá conta que no Brasil é assim mesmo, o que vale é a lei de Gérson:
"o importante é levar vantagem em tudo". ( Lei de Gerson...dá para rir...) A pergunta é:
É possível, pela lógica, que todo mundo ganhe ? Para alguém ganhar é óbvio que alguém tem de perder.
A lógica é guardar o troco a mais recebido no caixa do supermercado; é enrolar a aula fingindo que a matéria está sendo dada; é fingir que a apostila está aberta na matéria dada, mas usá-la como apoio enquanto se joga forca, batalha naval ou jogo da velha; é cortar a fila do cinema ou da entrada do show; é dizer que leu o livro, quando ficou só no resumo ou na conversa com quem leu;
é marcar só o gabarito na prova em branco, copiado do vizinho, alegando que fez as contas de cabeça; é comprar na feira uma dúzia de quinze laranjas; é bater num carro parado e sair rápido antes que alguém perceba; é brigar para baixar o preço mínimo das refeições nos restaurantes universitários, para sobrar mais dinheiro para a cerveja da tarde; é arrancar as páginas ou escrever nos livros das bibliotecas públicas; é arrancar placas de trânsito e colocá-las de enfeite no quarto; é trocar o voto por empregos, pares de sapato ou cestas básicas; é fraudar propaganda política mostrando realizações que nunca foram feitas .
É a lógica da perpetuação da burrice.
Quando um país perde, todo mundo perde. E não adianta pensar que logo bateremos no fundo do poço, porque o poço não tem fundo.
Parafraseando Schopenhauer:
"Não há nada tão desgraçado na vida da gente que ainda não possa ficar pior".
Se os desonestos brasileiros voassem, nós nunca veríamos o sol.
Felizmente há os descontentes, os lutadores, os sonhadores, os que querem manter o sol aceso, brilhando e no alto.
A luz é e sempre foi a metáfora da inteligência. No entanto, de nada adianta o conhecimento sem o caráter.
Que nas escolas seja tão importante ensinar Literatura, Matemática ou História quanto decência, senso de coletividade, coleguismo e respeito por si e pelos outros.
Acho que o mundo (e, sobretudo, o Brasil) precisa mais de gente honesta do que de literatos, historiadores ou matemáticos.
Ou o Brasil encontra e defende esses valores e abomina Zecas, Gérsons, Dirceus, Dudas e todos os marketeiros que chamam desonestidades flagrantes, de espertezas técnicas, ou o Brasil passa de país do futuro para país do só furo.
De um Presidente da República espera-se mais do que choro e condecoração a garis honestos, espera-se honestidade em forma de trabalho e transparência.
De professores, espera-se mais que discurso de bons modos, espera-se que mereçam o salário que ganham (pouco ou muito) agindo como quem é honesto.
A honestidade não precisa de propaganda, nem de homenagens, precisa de exemplos.
Quem plantar joio, jamais colherá trigo.
Quando reflexões assim são feitas cada um de nós se sente o palhaço perdido no palco das ilusões. A gente se sente vendendo o que não pode viver, não porque não mereça, mas porque não há ambiente para isso.
Quando seria de se esperar uma vaia coletiva pelo tombo, pelo golpe dado na decência, na coerência, na credibilidade, no senso de respeito, vemos a população em coro delirante gritando "bis" e, como todos sabemos, um bis não se despreza. Então, uma pirueta, duas piruetas, bravo ! bravo ! E vamos todos rindo e afinando o coro do "se eu livrar a minha cara o resto que se dane".
Enquanto isso o Brasil de irmã Dulce, de Manuel Bandeira, do Betinho, de Clarice Lispector, de Chiquinha Gonzaga e de muitos outros heróis anônimos que diminuíram a dor desse país com a sua obra, levanta-se, caminha em silêncio até a porta, vira-se e diz:
"Esse é o problema... eu sou o palhaço".
*Professor de literatura das Faculdades Nobel no estado do Paraná
Diz uma história que numa cidade apareceu um circo, e que entre seus artistas havia um palhaço com o poder de divertir, sem medida, todas as pessoas da platéia e o riso era tão bom, tão profundo e natural que se tornou terapêutico. Todos os que padeciam de tristezas agudas ou crônicas eram indicados pelo médico do lugar para que assistissem ao tal artista que possuía o dom de eliminar angústias.
Um dia porém um morador desconhecido, tomado de profunda depressão, procurou o doutor. O médico então, sem relutar, indicou o circo como o lugar de cura de todos os males daquela natureza, de abrandamento de todas as dores da alma, de iluminação de todos os cantos escuros do nosso jeito perdido de ser. O homem nada disse, levantou-se, caminhou em direção à porta e quando já estava saindo, virou-se, olhou o médico nos olhos e sentenciou: "não posso procurar o circo... aí está o meu problema: eu sou o palhaço".
Como professor vejo que, às vezes, sou esse palhaço, alguém que trabalhou para construir os outros e não vê resultado muito claro daquilo que faz.
Tenho a impressão que ensino no vazio (e sei que não estou só nesse sentimento) porque depois de formados meus ex-alunos parecem que se acostumam rapidamente com aquele mundo de iniqüidades que combatíamos juntos. Parece que quando meus meninos(as) caem no mercado de trabalho a única coisa que importa é quanto cada um vai lucrar, não importando quem vai pagar essa conta e nem se alguém vai ser lesado nesse processo.
Aprenderam rindo, mas não querem passar o riso à frente e nem se comovem com o choro alheio.
Digo isso, até em tom de desabafo, porque vejo que cada dia mais meus alunos se gabam de desonestidades. Os que passam os outros para trás são heróis e os que protestam são otários, idiotas ou excluídos, é uma total inversão dos valores. Vejo que alguns professores partilham das mesmas idéias e as defendem em sala de aula e na sala de professores e se vangloriam disso. Essa idéia vem me assustando cada vez mais, desde que repreendi, numa conversa com alunos, o comportamento do cantor Zeca Pagodinho, no episódio da guerra das cervejas e quase todos disseram que o cantor estava certo, tontos foram os que confiaram nele.
"O importante professor é que o cara embolsou milhões", disse-me um; outro: "daqui a pouco ninguém lembra mais, no Brasil é assim, e ele vai continuar sendo o Zeca, só que um pouco mais rico", todos se entreolharam e riram, só eu, bobo que sou, fiquei sem graça.
O pior é quando a gente se dá conta que no Brasil é assim mesmo, o que vale é a lei de Gérson:
"o importante é levar vantagem em tudo". ( Lei de Gerson...dá para rir...) A pergunta é:
É possível, pela lógica, que todo mundo ganhe ? Para alguém ganhar é óbvio que alguém tem de perder.
A lógica é guardar o troco a mais recebido no caixa do supermercado; é enrolar a aula fingindo que a matéria está sendo dada; é fingir que a apostila está aberta na matéria dada, mas usá-la como apoio enquanto se joga forca, batalha naval ou jogo da velha; é cortar a fila do cinema ou da entrada do show; é dizer que leu o livro, quando ficou só no resumo ou na conversa com quem leu;
é marcar só o gabarito na prova em branco, copiado do vizinho, alegando que fez as contas de cabeça; é comprar na feira uma dúzia de quinze laranjas; é bater num carro parado e sair rápido antes que alguém perceba; é brigar para baixar o preço mínimo das refeições nos restaurantes universitários, para sobrar mais dinheiro para a cerveja da tarde; é arrancar as páginas ou escrever nos livros das bibliotecas públicas; é arrancar placas de trânsito e colocá-las de enfeite no quarto; é trocar o voto por empregos, pares de sapato ou cestas básicas; é fraudar propaganda política mostrando realizações que nunca foram feitas .
É a lógica da perpetuação da burrice.
Quando um país perde, todo mundo perde. E não adianta pensar que logo bateremos no fundo do poço, porque o poço não tem fundo.
Parafraseando Schopenhauer:
"Não há nada tão desgraçado na vida da gente que ainda não possa ficar pior".
Se os desonestos brasileiros voassem, nós nunca veríamos o sol.
Felizmente há os descontentes, os lutadores, os sonhadores, os que querem manter o sol aceso, brilhando e no alto.
A luz é e sempre foi a metáfora da inteligência. No entanto, de nada adianta o conhecimento sem o caráter.
Que nas escolas seja tão importante ensinar Literatura, Matemática ou História quanto decência, senso de coletividade, coleguismo e respeito por si e pelos outros.
Acho que o mundo (e, sobretudo, o Brasil) precisa mais de gente honesta do que de literatos, historiadores ou matemáticos.
Ou o Brasil encontra e defende esses valores e abomina Zecas, Gérsons, Dirceus, Dudas e todos os marketeiros que chamam desonestidades flagrantes, de espertezas técnicas, ou o Brasil passa de país do futuro para país do só furo.
De um Presidente da República espera-se mais do que choro e condecoração a garis honestos, espera-se honestidade em forma de trabalho e transparência.
De professores, espera-se mais que discurso de bons modos, espera-se que mereçam o salário que ganham (pouco ou muito) agindo como quem é honesto.
A honestidade não precisa de propaganda, nem de homenagens, precisa de exemplos.
Quem plantar joio, jamais colherá trigo.
Quando reflexões assim são feitas cada um de nós se sente o palhaço perdido no palco das ilusões. A gente se sente vendendo o que não pode viver, não porque não mereça, mas porque não há ambiente para isso.
Quando seria de se esperar uma vaia coletiva pelo tombo, pelo golpe dado na decência, na coerência, na credibilidade, no senso de respeito, vemos a população em coro delirante gritando "bis" e, como todos sabemos, um bis não se despreza. Então, uma pirueta, duas piruetas, bravo ! bravo ! E vamos todos rindo e afinando o coro do "se eu livrar a minha cara o resto que se dane".
Enquanto isso o Brasil de irmã Dulce, de Manuel Bandeira, do Betinho, de Clarice Lispector, de Chiquinha Gonzaga e de muitos outros heróis anônimos que diminuíram a dor desse país com a sua obra, levanta-se, caminha em silêncio até a porta, vira-se e diz:
"Esse é o problema... eu sou o palhaço".
*Professor de literatura das Faculdades Nobel no estado do Paraná
01/01/2009
Pistas Existenciais para o Desenvolvimento do Sucesso
Psicólogo Marco Antonio do Sales
A conceituação de sucesso, os métodos para alcançá-lo e todos os aparatos construídos para a sua evidência, tendo sido hoje em dia, tema muito comum de várias palestras.
Vivemos numa sociedade obcecada por essa palavra: sucesso. Geralmente, por uma interpretação fixa da mesma, ou seja, sucesso é ter: muito dinheiro, um carrão do ano, uma casa de praia num balneário famoso, ter o
Reconhecimento dos outros pelas tarefas ou trabalhos que desenvolvemos, estar casado com a mulher ou o homem mais bonito da região, ter filhos que só tiram nota dez na escola, etc..
Todavia, surge a pergunta: Podemos chamar isso de sucesso? Posso afirmar, peremptoriamente, que não! Muita gente tem perseguido todas estas coisas como sinônimo de sucesso e, com elas, alcançam hipertensão, infarto agudo do miocárdio, enxaquecas terríveis, úlceras profundas e uma desarmonia total interna e exteriormente.
Que tal aquela história do executivo que perseguia o sucesso a qualquer preço, não tinha tempo para descansar, não tinha tempo para se alimentar de forma saudável (café da manhã, almoço e jantar tinha como objetivo principal "tratar de negócios"), não tinha tempo para fazer coisas prazerosas, não tinha tempo para desfrutar da presença da família, não tinha tempo para construir amizades profundas, não tinha tempo para dedicar-se a si mesmo.
Repentinamente, em uma de suas viagens "de negócio", começa a sentir uma dor profunda, como se fosse uma espada cortante, que começava na altura do seu tórax e espalhava-se em direção ao braço esquerdo. Sente vertigem, o mundo roda à sua volta, começa a transpirar de forma intensa, o ar parece pesado, não consegue mais respirar normalmente. Estava tendo um ataque cardíaco.
Pensa rápido, começa a ver a sua vida como num filme. Cada instante da sua "existência" vai passando na sua frente e, ele percebe, que todas as coisas que ele conquistou até então, encaradas como sucesso não fazia muito sentido. Sozinho, vestindo um terno de US$ 500,00, tendo um Rolex no pulso, um computador portátil ao seu lado e dirigindo uma Ferrari, aos poucos, o carro vai parando naquela estrada deserta, longe de tudo e de todos, seguindo o acostamento, a dor está muito mais forte, o carro pára, não tem forças para usar o seu telefone celular, pois mesmo sem precisar discar, já não consegue articular uma palavra, só pensa. E a conclusão que chega é:
"SÓ, AQUI COMIGO NESTE DESERTO, TENHO EM BENS, CERCA DE US$ 85.000,00, MAS O SUCESSO QUE TANTO EU BUSQUEI, AGORA VEJO, QUE FOI UM GRANDE
EQUÍVOCO!!!"
Dando um último suspiro, despede-se e morre.
Será que isso é sucesso? Será que você entende sucesso também assim?
Afinal como podemos conceituar esta palavra tão enigmática?
No Aurélio a palavra sucesso é definida da seguinte forma: "Sucesso do
Latim SUCCESO, substantivo masculino, que significa:
1. Aquilo que Sucede;
2.Acontecimento, Sucedimento;
3. Resultado, Conclusão;
4. Bom Êxito, Resultado Feliz".
No francês a palavra é SUCCÈS, que significa vitória; no italiano é SUCESSO , que significa fato, evento, episódio; no inglês SUCCESSO, que significa fortuna, prosperidade; no alemão é a palavra ERFOLG, que é a junção do pronome pessoal "ER" que significa "ele" , com o substantivo "FOLGE", que significa sucessão, seqüência, série, continuação, que nos mostra o sucesso como sendo ele uma sucessão, uma consequência, uma série, uma continuação.
Diferentemente, da concepção francesa e inglesa, que em si mesmas Valorizam mais o "FIM" (vitória, fortuna e prosperidade) do que o "PROCESSO" (sucessão, continuação, etc.), parece que a definição alemã declara como sendo mais importante o desenrolar das coisas do que as suas metas. Ou seja, o sucesso é o meio, o como, e não o objetivo!
Deste modo, já que o sucesso, nessa interpretação é um meio, um processo, qual seria o objetivo ou a meta a ser atingida? Aqui está o ponto chave da questão. O objetivo é viver de uma forma mais prazerosa, afastando o máximo possível a dor.
O ser humano integralmente saudável sempre buscará o prazer e desprezará a dor. Ninguém, que desfrute de sã consciência procurará o sofrimento, a tristeza ou a dor, antes sempre irá trabalhar no sentido de viver alegre e desfrutando de felicidade. Esta é a meta do sucesso ser feliz!!!
Sendo assim, usarei como definição de sucesso a usada pelo Dr. DEEPAK CHOPRA, Médico Indiano, que diz: "Sucesso na vida poderia ser definido como a expansão contínua da felicidade e a realização progressiva de objetivos compensadores".
Após está breve introdução, prosseguiremos a nossa reflexão no sentido de perceber algumas pistas existenciais, que poderão nos oferecer uma direção para o desenvolvimento do sucesso na nossa vida. Só que essa direção é relativa, depende de cada um, não é uma direção universalista, mas personalizada, na medida em que você e eu, damos a "nossa cara para o conjunto" das mesmas.
Seria um contra-senso dizer que tais pistas serviriam para todas as pessoas do mesmo modo, porque, cada um de nós, somos pessoas diferentes, que percebem as coisas de maneira diferente.
Por isso, esses referenciais são apenas orientações, não são regras, ou mesmo normas. São sugestões que poderão otimizar a caminhada de sucesso na vida individual.
Deste modo, permita-me dissertar um pouco sobre as pistas existenciais para o desenvolvimento do sucesso, são elas:
I - A PISTA DO AUTO- CONHECIMENTO - Um dos grandes obstáculos para o desenvolvimento harmônico e integral do sucesso na existência, é justamente a falta de conhecimento e de contato com a nossa própria vida.
A grande maioria das pessoas não sabem quem são elas mesmas. Algumas tem uma ligeira idéia de si através dos que os outros dizem. Outros formulam o intento de serem iguais a um determinado personagem do seu convívio Pessoal e/ou cultural estabelecem assim um grau de identificação exagerada , seguindo piamente isso.
No entanto não conseguem responder a pergunta: Quem sou eu? São indivíduos determinados pelo meio, são apenas o produto das vivências sociais, são iguais a todos e, conseqüentemente não são ninguém. Descartam a sua originalidade, jogam fora a si próprios. Estão afastados de si. Querem sair de dentro de si como na melodia de Márcio Greic: "Não eu não consigo mais viver dentro de mim, quero até morrer do que viver assim..." Ou seja, se há uma pessoa da qual eles se distanciam mais, essa pessoa são eles mesmos.
Como desenvolver o sucesso, ou a caminhada do sucesso, se o indivíduo, você e eu, não sabemos quem somos? É, por essa razão que alguns fazem tudo e transformam o sucesso num fim em si mesmo, porque assimilam um padrão de sucesso externo, tomando-o como se fosse seu. Igual na história que contamos acima. SE A PESSOA NÃO SABE QUEM É, PODERÁ FAZER AS MAIORES VIOLÊNCIAS CONTRA SI PRÓPRIO! Para ser feliz, para se atingir este objetivo do sucesso,faz-se mister ter a consciência de que o indivíduo não precisa abrir mão de tudo, quanto menos da sua própria existência.
Para lidar com isso, os orientais ensinaram uma grande técnica, que muitos encaram como algo mágico ou mesmo esotérico, mas não tem nada de miraculoso ou sobrenatural, é apenas o diálogo silencioso consigo próprio. O nome desse instrumento chama-se meditação.
Marque um encontro com você mesmo, pelo menos uma vez por dia. Fique sozinho, entre num lugar onde tenha privacidade e ouça a sua própria voz, os seus sentimentos, as suas emoções. Não julgue, não fale, apenas ouça e sinta você mesmo. Você é a única pessoa que tem acesso pleno ao seu coração.
O que você está dizendo agora para si? Quem é você? Será que você poderá responder a essa pergunta?
II - A PISTA DO DAR E RECEBER - Este é o segundo degrau na caminhada do
sucesso, que só é possível para aqueles que já estão trabalhando o seu
auto-conhecimento.
Neste mundo informatizado, onde a vida real vai dando lugar à virtual e, a cada dia, o "cyberspace", torna-se maior e com uma população crescente, fato este, que é um dos motivos relevantes, no sentido de inviabilizar o encontro concreto e frutífero entre as pessoas.
O aperto de mãos, o abraço, o sorriso espontâneo, o olho no olho, o toque, estão se escasseando no dia-a-dia do homem contemporâneo.
Nada contra o avanço tecnológico, é muito bom termos agilidade na comunicação. Saber que em frações de minutos, posso mandar um e-mail para o outro lado do mundo, ou seja, Austrália, Japão ou Nova Zelândia.
Porém, o grande contraste em tudo isso, é que as pessoas, por mais chance que tenham de se comunicarem, estão se encontrando cada vez menos e, escondendo-se cada vez mais. Como exemplo disso podemos citar as "SALAS DE CHAT OU DE CONVERSAÇÃO", nas quais o que impera são as máscaras, a ilusão e o engodo.
O que isso conceitua? Que o homem e a mulher, que o ser humano, são seres de relação, são seres-com-os-outros, bem como, consigo mesmos em primeiro lugar.
O filósofo Martin Heidegger disse no "Ser e Tempo", O Dasein, que podemos interpretar como "PRESENÇA", presença reveladora da humanidade que cada um de nós representamos, presença que amostra "O SER-AÍ", presença que revela uma das categorias existenciais mais estimulantes, qual seja, "O SER-COM-O-OUTRO".
Buber disse que o humano se circunscreve na esfera do dialógico e do encontro, onde o "eu" e o "tu", de maneira genuína e autêntica podem se apresentar mutuamente no contato entre eles.
E o que está ocorrendo hoje em dia? O não contato e o encastelamento das pessoas, que eu chamaria de clausura relacional, não tem permitido que elas possam trocar coisas significativas entre si.
Temos sido incapazes de dar e receber presentes emocionais, tais como um elogio, uma palavra de carinho, um gesto de amor, um cumprimento solidário. Quantas vezes não aproveitamos a oportunidade para dizer à pessoa que amamos, o quanto ela é importante para nossa vida? Quantas vezes não conseguimos receber o calor fraterno que o outro tenta nos passar?
Façamos o seguinte: "Sejamos uma espécie de presente em todo lugar que formos, para todos quantos nós encontrarmos pelo caminho. Recebamos as pessoas com as quais entrarmos em contato, como dádivas ou jóias preciosas para a nossa existência". Dê e receba afeto, demonstre as emoções que você sente em relação ao outro e, permita, que o outro possa fazer o mesmo com você.
III - A PISTA DA CONSTANTE ESCOLHA - Se há algo do qual não podemos escapar é do ato de escolher. "A CADA INSTANTE DANOSSA VIDA, ESTAMOS ESCOLHENDO COISAS E REJEITANDO MUITAS OUTRAS".
O filósofo Jean-Paul Sartre na sua conferência o "Existencialismo é um Humanismo", disse que o homem não pode se esquivar disso, ou seja, não pode se esquivar de escolher. Para tanto, disse Sartre "O Homem está condenado à liberdade" . Isso significa que ele é totalmente livre nas suas escolhas, inclusive quando ele se exime de escolher, pois, já está escolhendo. Ou seja, escolheu não escolher.
Todavia, para que possamos desenvolver o caminho do sucesso, faz-se mister, que cada vez, mais possamos exercer essa condição humana, qual seja, assumir de forma consciente as rédeas das nossas escolhas, pois, caso contrário, o outro o fará por nós.
Procure observar a maneira como você está escolhendo. Perceba como você exerce a sua liberdade. Veja se as suas escolhas são compatíveis com o seu projeto e se o instrumento balizador das mesmas é o seu coração.
O que eu quero dizer quando falo que a baliza das suas escolhas é o seu coração? Certamente não desejo fazer menção só ao músculo cardíaco, mas, uso-o metaforicamente, também, para afirmá-lo como o centro dos nossos sentimentos e emoções, para afirmar a necessidade que temos de ouvir o nosso interior.
Para que fique mais claro isso, posso citar como exemplo um dos primeiros acionistas da Sony, um empresário japonês, que todas as vezes que tinha que assinar um novo contrato, não procurava basear-se nas estatísticas, no mercado, ou mesmo, no conselho de consultores. Procurava ficar sozinho, geralmente durante as refeições, para escutar o seu coração e saber se podia digerir aquilo que lhe estava sendo proposto. Ao sinal do primeiro incômodo físico, ou seja, má digestão. Dizia ele: "Este contrato não dá para comer".
Só uma pessoa que se conhece e está aberta às situações da vida, pode se determinar nas suas escolhas e prosseguir no desenvolvimento do caminho do sucesso. Como você percebe isto em sua vida? Como estão as suas escolhas?
IV - A PISTA DO DESPOJAMENTO - Qual seria o conceito que eu quero falar sobre despojamento? Despojamento é o ato de privar-se da posse, de se desapossar. É o ato pelo qual eu tomo consciência de que tudo que eu tenho é circunstancial e, que o único bem verdadeiro que eu possuo sou eu mesmo.
O despojamento me permite enxergar como um ato de distanciamento e aproximação. Distanciamento da idéia fatiga de posse e aproximação daquilo que caracteriza a existência: O paradoxo, o mistério, o risco e a incerteza.
Quando temos consciência do despojamento, não nos misturamos com as coisas ou com as situações. Na grande depressão de 1929, muitos homens de Negócio se suicidaram quando viram as suas empresas falirem e os seus recursos minguarem. Como não tinham a consciência do despojamento, conseqüentemente, tornaram-se parte daquilo que construíram, fizeram-se empresa falida, riqueza gasta. Não se diferenciaram das coisas, mas jungiram-se às mesmas.
Outros sobreviveram à catástrofe, transformando-se da noite para o dia de milionário em limpador de rua, conservando o maior tesouro que cada ser humano pode ter na existência: sua própria vida.
Quando nos conscientizamos do despojamento, promovemos uma injeção energética na nossa vida. Passamos a não desperdiçar as nossas "reservas emocionais", antes com o mínimo de esforço, vivemos como um rio, sempre fluindo, sem qualquer obstrução.
A consciência de despojamento, permite-me aceitar as coisas como elas se apresentam para mim e, isto inclui pessoas, situações, circunstâncias, fatos e acontecimentos. Aceitando as coisas como elas são, assumo responsabilidade e gerência sobre as minhas escolhas, sobre a minha própria situação.
Quando eu vivencio a consciência de despojamento, eu deixo de viver com medo de perder "as coisas", eu deixo de me defender. Pois, se eu conheço quem sou, se estou aberto à troca, se exerço as minhas escolhas segundo as minhas intenções e projetos, o que poderei temer? Nada, absolutamente nada.
Porém, só consigo exercitar essa consciência, na medida em que eu, posso ver-me, como diria Gabriel Marcel, como um "HOMO VIATOR", como um viajante ou peregrino, que está aqui de passagem, procurando fazer a viagem da melhor maneira que encontrar.
V - A PISTA DA VISÃO DE FUTURO - Finalmente teria esta última pista a comentar, para que possamos desenvolver o caminho do sucesso, que é ter uma visão de futuro.
Ter visão de futuro é viver na realidade, é lidar com a concretude, sem deixar de ser um sonhador. E o que é ser um sonhador? É poder olhar para frente e conservar-se firme no propósito de realizar o seu projeto, de ver o seu sonho concretizado. De vivenciar a possibilidade de que o onírico hoje, torna-se-á verdade amanhã.
Houve um homem que não tinha exércitos, que não era violento, que não se dizia dono de nada, que não se nomeava revolucionário e nem usou para si tal nomenclatura. Porém, o que fez na sua vida foi unicamente sonhar. Sonhar acordado. Sonhar colocando em ato o sonho. Sonhar vislumbrando o desenrolar do sonho. O nome pelo qual esse homem era conhecido, foi de Mahatma Gandhi.
Creio que todos conhecem a história desse grande ser humano. Que vivenciando os cinco pontos desta reflexão, pôde, realizar o seu sonho. Enfim, fez o desenvolvimento da sua caminhada do sucesso, fez-se um peregrino, um viajante, que carrega consigo somente o seu sonho.
Mas talvez você me pergunte: Será que esse é um bom exemplo de desenvolvimento da caminhada do sucesso, já que ele foi assassinado pelo seu próprio povo? Então, respondo-lhe: Se você ver o sucesso como pontual, como um acontecimento, você irá valorizar só o final e não o processo, só os fatos e não a construção, só o evento e não os investimentos.
Se você considerar o sonho como acabado, realizado, concretizado, esse sonho poderá ser "destruído".
Todavia, se você renovar esse sonho a cada manhã, a cada minuto, a cada dia, poderão surgir tempestades, intempéries. Mas o sonho está ali, na sua frente, desenvolvendo-se, processando-se, ganhando uma nova face em cada entardecer.
Agora fica somente algumas indagações: Você se vê como uma pessoa que está desenvolvendo a sua caminhada do sucesso? Como você se percebe diante das pistas existenciais para o desenvolvimento do sucesso? O que tudo isso significa para você?
A conceituação de sucesso, os métodos para alcançá-lo e todos os aparatos construídos para a sua evidência, tendo sido hoje em dia, tema muito comum de várias palestras.
Vivemos numa sociedade obcecada por essa palavra: sucesso. Geralmente, por uma interpretação fixa da mesma, ou seja, sucesso é ter: muito dinheiro, um carrão do ano, uma casa de praia num balneário famoso, ter o
Reconhecimento dos outros pelas tarefas ou trabalhos que desenvolvemos, estar casado com a mulher ou o homem mais bonito da região, ter filhos que só tiram nota dez na escola, etc..
Todavia, surge a pergunta: Podemos chamar isso de sucesso? Posso afirmar, peremptoriamente, que não! Muita gente tem perseguido todas estas coisas como sinônimo de sucesso e, com elas, alcançam hipertensão, infarto agudo do miocárdio, enxaquecas terríveis, úlceras profundas e uma desarmonia total interna e exteriormente.
Que tal aquela história do executivo que perseguia o sucesso a qualquer preço, não tinha tempo para descansar, não tinha tempo para se alimentar de forma saudável (café da manhã, almoço e jantar tinha como objetivo principal "tratar de negócios"), não tinha tempo para fazer coisas prazerosas, não tinha tempo para desfrutar da presença da família, não tinha tempo para construir amizades profundas, não tinha tempo para dedicar-se a si mesmo.
Repentinamente, em uma de suas viagens "de negócio", começa a sentir uma dor profunda, como se fosse uma espada cortante, que começava na altura do seu tórax e espalhava-se em direção ao braço esquerdo. Sente vertigem, o mundo roda à sua volta, começa a transpirar de forma intensa, o ar parece pesado, não consegue mais respirar normalmente. Estava tendo um ataque cardíaco.
Pensa rápido, começa a ver a sua vida como num filme. Cada instante da sua "existência" vai passando na sua frente e, ele percebe, que todas as coisas que ele conquistou até então, encaradas como sucesso não fazia muito sentido. Sozinho, vestindo um terno de US$ 500,00, tendo um Rolex no pulso, um computador portátil ao seu lado e dirigindo uma Ferrari, aos poucos, o carro vai parando naquela estrada deserta, longe de tudo e de todos, seguindo o acostamento, a dor está muito mais forte, o carro pára, não tem forças para usar o seu telefone celular, pois mesmo sem precisar discar, já não consegue articular uma palavra, só pensa. E a conclusão que chega é:
"SÓ, AQUI COMIGO NESTE DESERTO, TENHO EM BENS, CERCA DE US$ 85.000,00, MAS O SUCESSO QUE TANTO EU BUSQUEI, AGORA VEJO, QUE FOI UM GRANDE
EQUÍVOCO!!!"
Dando um último suspiro, despede-se e morre.
Será que isso é sucesso? Será que você entende sucesso também assim?
Afinal como podemos conceituar esta palavra tão enigmática?
No Aurélio a palavra sucesso é definida da seguinte forma: "Sucesso do
Latim SUCCESO, substantivo masculino, que significa:
1. Aquilo que Sucede;
2.Acontecimento, Sucedimento;
3. Resultado, Conclusão;
4. Bom Êxito, Resultado Feliz".
No francês a palavra é SUCCÈS, que significa vitória; no italiano é SUCESSO , que significa fato, evento, episódio; no inglês SUCCESSO, que significa fortuna, prosperidade; no alemão é a palavra ERFOLG, que é a junção do pronome pessoal "ER" que significa "ele" , com o substantivo "FOLGE", que significa sucessão, seqüência, série, continuação, que nos mostra o sucesso como sendo ele uma sucessão, uma consequência, uma série, uma continuação.
Diferentemente, da concepção francesa e inglesa, que em si mesmas Valorizam mais o "FIM" (vitória, fortuna e prosperidade) do que o "PROCESSO" (sucessão, continuação, etc.), parece que a definição alemã declara como sendo mais importante o desenrolar das coisas do que as suas metas. Ou seja, o sucesso é o meio, o como, e não o objetivo!
Deste modo, já que o sucesso, nessa interpretação é um meio, um processo, qual seria o objetivo ou a meta a ser atingida? Aqui está o ponto chave da questão. O objetivo é viver de uma forma mais prazerosa, afastando o máximo possível a dor.
O ser humano integralmente saudável sempre buscará o prazer e desprezará a dor. Ninguém, que desfrute de sã consciência procurará o sofrimento, a tristeza ou a dor, antes sempre irá trabalhar no sentido de viver alegre e desfrutando de felicidade. Esta é a meta do sucesso ser feliz!!!
Sendo assim, usarei como definição de sucesso a usada pelo Dr. DEEPAK CHOPRA, Médico Indiano, que diz: "Sucesso na vida poderia ser definido como a expansão contínua da felicidade e a realização progressiva de objetivos compensadores".
Após está breve introdução, prosseguiremos a nossa reflexão no sentido de perceber algumas pistas existenciais, que poderão nos oferecer uma direção para o desenvolvimento do sucesso na nossa vida. Só que essa direção é relativa, depende de cada um, não é uma direção universalista, mas personalizada, na medida em que você e eu, damos a "nossa cara para o conjunto" das mesmas.
Seria um contra-senso dizer que tais pistas serviriam para todas as pessoas do mesmo modo, porque, cada um de nós, somos pessoas diferentes, que percebem as coisas de maneira diferente.
Por isso, esses referenciais são apenas orientações, não são regras, ou mesmo normas. São sugestões que poderão otimizar a caminhada de sucesso na vida individual.
Deste modo, permita-me dissertar um pouco sobre as pistas existenciais para o desenvolvimento do sucesso, são elas:
I - A PISTA DO AUTO- CONHECIMENTO - Um dos grandes obstáculos para o desenvolvimento harmônico e integral do sucesso na existência, é justamente a falta de conhecimento e de contato com a nossa própria vida.
A grande maioria das pessoas não sabem quem são elas mesmas. Algumas tem uma ligeira idéia de si através dos que os outros dizem. Outros formulam o intento de serem iguais a um determinado personagem do seu convívio Pessoal e/ou cultural estabelecem assim um grau de identificação exagerada , seguindo piamente isso.
No entanto não conseguem responder a pergunta: Quem sou eu? São indivíduos determinados pelo meio, são apenas o produto das vivências sociais, são iguais a todos e, conseqüentemente não são ninguém. Descartam a sua originalidade, jogam fora a si próprios. Estão afastados de si. Querem sair de dentro de si como na melodia de Márcio Greic: "Não eu não consigo mais viver dentro de mim, quero até morrer do que viver assim..." Ou seja, se há uma pessoa da qual eles se distanciam mais, essa pessoa são eles mesmos.
Como desenvolver o sucesso, ou a caminhada do sucesso, se o indivíduo, você e eu, não sabemos quem somos? É, por essa razão que alguns fazem tudo e transformam o sucesso num fim em si mesmo, porque assimilam um padrão de sucesso externo, tomando-o como se fosse seu. Igual na história que contamos acima. SE A PESSOA NÃO SABE QUEM É, PODERÁ FAZER AS MAIORES VIOLÊNCIAS CONTRA SI PRÓPRIO! Para ser feliz, para se atingir este objetivo do sucesso,faz-se mister ter a consciência de que o indivíduo não precisa abrir mão de tudo, quanto menos da sua própria existência.
Para lidar com isso, os orientais ensinaram uma grande técnica, que muitos encaram como algo mágico ou mesmo esotérico, mas não tem nada de miraculoso ou sobrenatural, é apenas o diálogo silencioso consigo próprio. O nome desse instrumento chama-se meditação.
Marque um encontro com você mesmo, pelo menos uma vez por dia. Fique sozinho, entre num lugar onde tenha privacidade e ouça a sua própria voz, os seus sentimentos, as suas emoções. Não julgue, não fale, apenas ouça e sinta você mesmo. Você é a única pessoa que tem acesso pleno ao seu coração.
O que você está dizendo agora para si? Quem é você? Será que você poderá responder a essa pergunta?
II - A PISTA DO DAR E RECEBER - Este é o segundo degrau na caminhada do
sucesso, que só é possível para aqueles que já estão trabalhando o seu
auto-conhecimento.
Neste mundo informatizado, onde a vida real vai dando lugar à virtual e, a cada dia, o "cyberspace", torna-se maior e com uma população crescente, fato este, que é um dos motivos relevantes, no sentido de inviabilizar o encontro concreto e frutífero entre as pessoas.
O aperto de mãos, o abraço, o sorriso espontâneo, o olho no olho, o toque, estão se escasseando no dia-a-dia do homem contemporâneo.
Nada contra o avanço tecnológico, é muito bom termos agilidade na comunicação. Saber que em frações de minutos, posso mandar um e-mail para o outro lado do mundo, ou seja, Austrália, Japão ou Nova Zelândia.
Porém, o grande contraste em tudo isso, é que as pessoas, por mais chance que tenham de se comunicarem, estão se encontrando cada vez menos e, escondendo-se cada vez mais. Como exemplo disso podemos citar as "SALAS DE CHAT OU DE CONVERSAÇÃO", nas quais o que impera são as máscaras, a ilusão e o engodo.
O que isso conceitua? Que o homem e a mulher, que o ser humano, são seres de relação, são seres-com-os-outros, bem como, consigo mesmos em primeiro lugar.
O filósofo Martin Heidegger disse no "Ser e Tempo", O Dasein, que podemos interpretar como "PRESENÇA", presença reveladora da humanidade que cada um de nós representamos, presença que amostra "O SER-AÍ", presença que revela uma das categorias existenciais mais estimulantes, qual seja, "O SER-COM-O-OUTRO".
Buber disse que o humano se circunscreve na esfera do dialógico e do encontro, onde o "eu" e o "tu", de maneira genuína e autêntica podem se apresentar mutuamente no contato entre eles.
E o que está ocorrendo hoje em dia? O não contato e o encastelamento das pessoas, que eu chamaria de clausura relacional, não tem permitido que elas possam trocar coisas significativas entre si.
Temos sido incapazes de dar e receber presentes emocionais, tais como um elogio, uma palavra de carinho, um gesto de amor, um cumprimento solidário. Quantas vezes não aproveitamos a oportunidade para dizer à pessoa que amamos, o quanto ela é importante para nossa vida? Quantas vezes não conseguimos receber o calor fraterno que o outro tenta nos passar?
Façamos o seguinte: "Sejamos uma espécie de presente em todo lugar que formos, para todos quantos nós encontrarmos pelo caminho. Recebamos as pessoas com as quais entrarmos em contato, como dádivas ou jóias preciosas para a nossa existência". Dê e receba afeto, demonstre as emoções que você sente em relação ao outro e, permita, que o outro possa fazer o mesmo com você.
III - A PISTA DA CONSTANTE ESCOLHA - Se há algo do qual não podemos escapar é do ato de escolher. "A CADA INSTANTE DANOSSA VIDA, ESTAMOS ESCOLHENDO COISAS E REJEITANDO MUITAS OUTRAS".
O filósofo Jean-Paul Sartre na sua conferência o "Existencialismo é um Humanismo", disse que o homem não pode se esquivar disso, ou seja, não pode se esquivar de escolher. Para tanto, disse Sartre "O Homem está condenado à liberdade" . Isso significa que ele é totalmente livre nas suas escolhas, inclusive quando ele se exime de escolher, pois, já está escolhendo. Ou seja, escolheu não escolher.
Todavia, para que possamos desenvolver o caminho do sucesso, faz-se mister, que cada vez, mais possamos exercer essa condição humana, qual seja, assumir de forma consciente as rédeas das nossas escolhas, pois, caso contrário, o outro o fará por nós.
Procure observar a maneira como você está escolhendo. Perceba como você exerce a sua liberdade. Veja se as suas escolhas são compatíveis com o seu projeto e se o instrumento balizador das mesmas é o seu coração.
O que eu quero dizer quando falo que a baliza das suas escolhas é o seu coração? Certamente não desejo fazer menção só ao músculo cardíaco, mas, uso-o metaforicamente, também, para afirmá-lo como o centro dos nossos sentimentos e emoções, para afirmar a necessidade que temos de ouvir o nosso interior.
Para que fique mais claro isso, posso citar como exemplo um dos primeiros acionistas da Sony, um empresário japonês, que todas as vezes que tinha que assinar um novo contrato, não procurava basear-se nas estatísticas, no mercado, ou mesmo, no conselho de consultores. Procurava ficar sozinho, geralmente durante as refeições, para escutar o seu coração e saber se podia digerir aquilo que lhe estava sendo proposto. Ao sinal do primeiro incômodo físico, ou seja, má digestão. Dizia ele: "Este contrato não dá para comer".
Só uma pessoa que se conhece e está aberta às situações da vida, pode se determinar nas suas escolhas e prosseguir no desenvolvimento do caminho do sucesso. Como você percebe isto em sua vida? Como estão as suas escolhas?
IV - A PISTA DO DESPOJAMENTO - Qual seria o conceito que eu quero falar sobre despojamento? Despojamento é o ato de privar-se da posse, de se desapossar. É o ato pelo qual eu tomo consciência de que tudo que eu tenho é circunstancial e, que o único bem verdadeiro que eu possuo sou eu mesmo.
O despojamento me permite enxergar como um ato de distanciamento e aproximação. Distanciamento da idéia fatiga de posse e aproximação daquilo que caracteriza a existência: O paradoxo, o mistério, o risco e a incerteza.
Quando temos consciência do despojamento, não nos misturamos com as coisas ou com as situações. Na grande depressão de 1929, muitos homens de Negócio se suicidaram quando viram as suas empresas falirem e os seus recursos minguarem. Como não tinham a consciência do despojamento, conseqüentemente, tornaram-se parte daquilo que construíram, fizeram-se empresa falida, riqueza gasta. Não se diferenciaram das coisas, mas jungiram-se às mesmas.
Outros sobreviveram à catástrofe, transformando-se da noite para o dia de milionário em limpador de rua, conservando o maior tesouro que cada ser humano pode ter na existência: sua própria vida.
Quando nos conscientizamos do despojamento, promovemos uma injeção energética na nossa vida. Passamos a não desperdiçar as nossas "reservas emocionais", antes com o mínimo de esforço, vivemos como um rio, sempre fluindo, sem qualquer obstrução.
A consciência de despojamento, permite-me aceitar as coisas como elas se apresentam para mim e, isto inclui pessoas, situações, circunstâncias, fatos e acontecimentos. Aceitando as coisas como elas são, assumo responsabilidade e gerência sobre as minhas escolhas, sobre a minha própria situação.
Quando eu vivencio a consciência de despojamento, eu deixo de viver com medo de perder "as coisas", eu deixo de me defender. Pois, se eu conheço quem sou, se estou aberto à troca, se exerço as minhas escolhas segundo as minhas intenções e projetos, o que poderei temer? Nada, absolutamente nada.
Porém, só consigo exercitar essa consciência, na medida em que eu, posso ver-me, como diria Gabriel Marcel, como um "HOMO VIATOR", como um viajante ou peregrino, que está aqui de passagem, procurando fazer a viagem da melhor maneira que encontrar.
V - A PISTA DA VISÃO DE FUTURO - Finalmente teria esta última pista a comentar, para que possamos desenvolver o caminho do sucesso, que é ter uma visão de futuro.
Ter visão de futuro é viver na realidade, é lidar com a concretude, sem deixar de ser um sonhador. E o que é ser um sonhador? É poder olhar para frente e conservar-se firme no propósito de realizar o seu projeto, de ver o seu sonho concretizado. De vivenciar a possibilidade de que o onírico hoje, torna-se-á verdade amanhã.
Houve um homem que não tinha exércitos, que não era violento, que não se dizia dono de nada, que não se nomeava revolucionário e nem usou para si tal nomenclatura. Porém, o que fez na sua vida foi unicamente sonhar. Sonhar acordado. Sonhar colocando em ato o sonho. Sonhar vislumbrando o desenrolar do sonho. O nome pelo qual esse homem era conhecido, foi de Mahatma Gandhi.
Creio que todos conhecem a história desse grande ser humano. Que vivenciando os cinco pontos desta reflexão, pôde, realizar o seu sonho. Enfim, fez o desenvolvimento da sua caminhada do sucesso, fez-se um peregrino, um viajante, que carrega consigo somente o seu sonho.
Mas talvez você me pergunte: Será que esse é um bom exemplo de desenvolvimento da caminhada do sucesso, já que ele foi assassinado pelo seu próprio povo? Então, respondo-lhe: Se você ver o sucesso como pontual, como um acontecimento, você irá valorizar só o final e não o processo, só os fatos e não a construção, só o evento e não os investimentos.
Se você considerar o sonho como acabado, realizado, concretizado, esse sonho poderá ser "destruído".
Todavia, se você renovar esse sonho a cada manhã, a cada minuto, a cada dia, poderão surgir tempestades, intempéries. Mas o sonho está ali, na sua frente, desenvolvendo-se, processando-se, ganhando uma nova face em cada entardecer.
Agora fica somente algumas indagações: Você se vê como uma pessoa que está desenvolvendo a sua caminhada do sucesso? Como você se percebe diante das pistas existenciais para o desenvolvimento do sucesso? O que tudo isso significa para você?
28/12/2007
Promessas para 2008
Serei breve: entre minhas promessas, quero que essa fique registrada:
VOU ESCREVER TODOS OS DIAS NO MEU BLOG.
Era isso!
VOU ESCREVER TODOS OS DIAS NO MEU BLOG.
Era isso!
23/04/2007
Novidades!
Após um período de "isolamento" involuntário, estou a todo vapor para atualizar meu blog.
Mas quero explicar o motivo do "retiro estudioso", uma coisa chamada TCC = Trabalho de Conclusão de Curso.
Sim meus amigos, mais uma vez estou aqui virando noites em função do bendito (ou talvez maldito TCC). Mas enfim, tudo acabará bem, pois acho que tenho mais sorte do que juízo. A data de entrega é 1º de junho. Pelo menos irei comemorar meu aniversário mais aliviada.
A data da minha formatura será 28 de julho de 2007, às 18h no Anfiteatro Pe. Werner, na Unisinos. Prometo que aos poucos irei postando novidades do meu cotidiano assim como assuntos de minha preferência.
Por enquanto é isso!
27/10/2006
Nossa, muito tempo mesmo!
Pessoal, em um breve momento de folga, percebi que realmente faz muito tempo que não escrevo no meu blog.
Pois bem, resolvi criar vergonha na cara e publicar várias coisas, até mesmo registrar os últimos acontecimentos da minha vida.
Sendo assim...AGUARDEM!
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