30/01/2009

Artifício

O que te faz pensar que o mundo gira
Só porque você vive nele!?
Que petulância!
Achar que tudo mora na tua estância.
Talvez você nem saiba.
Talvez esteja perdido.
Mas não ache que o centro do mundo é o teu umbigo.
Não pense que as pessoas
Estão querendo te fazer bem
Ou te fazer algum mal.
Isso tudo é tão normal.
Nem sempre você é o assunto.
Muitas vezes é só o adjunto.
Pare com isso!
Se continuar assim,
Esse vai ser o teu fim.
Não sou uma pessoa ruim.
Sou só uma observadora.
Não me leve a mal.
Não espero ser teu cartão postal.
Só não quero te ver na pior.
Achando que é sempre o melhor.
Para que tanta pirraça.
Já tem tanta gente achando graça...
Mas isso passa!
E no final.
Você vai ser um igual.
Um qualquer, um normal.
Vai ter muita história pra contar.
Mas de que isso vai adiantar.
Foi tudo superficial.
Nada disso é essencial.
E aí!? O que foi que você viveu!?
Nem você mesmo entendeu.
O que faz nessa cidade.
Que droga é essa de realidade.
Você nem sabe a sua idade.
E quer falar sobre a sociedade,
Sobre antigüidade e politicagem.
Acha que isso é malandragem.
Quanta bobagem.
Chega de sinceridade.
Já falei o suficiente nessa eternidade.
É você que está em questão.
Abandone de vez essa situação.
Ou toda essa pilantragem,
Isso que você chama de vício.
Mas que usa como artifício.
Vai se transformar em precipício.
E aí nada mais importa.
Pois não vai ter volta.
E eu não vou bater na tua porta.
Não diga que eu não avisei.
Para deixar de lado essa pode de rei.
Agora a decisão é tua.
Não adianta ficar perdido na rua.
Decide e depois me avisa.
Que diferença eu fiz na tua vida.


Aline Forneck

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